quinta-feira, 16 de abril de 2009

Poesia Marginal

O que é poesia marginal


Ana C. - A Teus Pés

Até que enfim consegui colocar o vídeo tomara que gostem.


terça-feira, 7 de abril de 2009

Poemas da Equipe

The sky is blue
(O céu está azul)

Hoje , o céu está azul
E iluminado pelo sol
como uma leve brisa
Today, the sky is blue

Como o dia esta lindo
É mais uma onda que vem vindo
E aprendemos sobre a vida
Como ela pode ser divertida

Não devemos ligar para a tempestade
mais cedo ou mais tarde
ela acabará
e vai aprender que sempre reaparecerá
o imenso céu azul

Hoje, meu céu está azul

(Rafael Alves)

*
A chuva

A chuva que lava minha alma
A chuva que lava meu coração
Não é a mesma chuva que cai do céu
O nome dessa chuva é perdão

(Deanderson)

*

Como é difícil te esquecer

Ainda te carrego no meu pensamento
Como é difícil te esquecer
Acho que isso vai levar muito tempo
Eu penso em você

Já tentei mais de mil maneiras
Arrancar você da minha vida
Mas não tenho outra saída
Como é difícil te esquecer

Você sempre será meu amor proibido
Você sempre será minha musa mais bela
Eu nunca vou te esquecer dela
Por que é tão ruim amar você?

(Arthur)




quinta-feira, 2 de abril de 2009

poesia marginal: literatura as margens da sociedade

Olá pessoal, estamos aqui apresentando a poesia marginal de Ana Cristina Cesar para todos que gostam de literatura, espero que gostem.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Livros publicados


poesias de Ana Cristina

Psicografia

Também eu saio à revelia
e procuro uma síntese nas demoras
cato obsessões com fria têmpera e digo
do coração: não soube e digo
da palavra: não digo (não posso ainda acreditar
na vida) e demito o verso como quem acena
e vivo como quem despede a raiva de ter visto

*

Poesia

jardins inabitados pensamentos
pretensas palavras em
pedaços
jardins ausenta-se
a lua figura de
uma falta contemplada
jardins extremos dessa ausência
de jardins anteriores que
recuam
ausência freqüentada sem mistério
céu que recua
sem pergunta

*

Flores Do Mais

Devagar escreva
uma primeira letra
escreva
nas imediações construídas
pelos furacões;
devagar meça
a primeira pássara
bisonha que
riscar
o pano de boca
aberto
sobre os vendavais;
devagar imponha
o pulso
que melhor
souber sangrar
sobre a faca
das marés;
devagar imprima
o primeiro olhar
sobre o galope molhado
dos animais; devagar
peça mais
e mais e
mais

*

Deus na Antecâmara

Mereço (merecemos, meretrizes)
perdão (perdoai-nos, patres conscripti)
socorro (correi, valei-nos, santos perdidos)

Eu quero me livrar desta poesia infecta
beijar mãos sem elos sem tinturas
consciências soltas pelos ventos
desatando o culto das antecedências
sem medo de dedos de dados de dúvidas
em prontidão sangüinária

(sangue e amor se aconchegando
hora atrás de hora)

Eu quero pensar ao apalpar
eu quero dizer ao conviver
eu quero partir ao repartir

filho
pai
e
fogo
DE-LI-BE-RA-DA-MEN-TE
abertos ao tudo inteiro
maiores que o todo nosso
em nós (com a gente) se dando

HOMEM: ACORDA!

*

Um Beijo

que tivesse um blue.
isto é
imitasse feliz
a delicadeza, a sua,
assim como um tropeço
que mergulha surdamente
no reino expresso
do prazer
Espio sem um ai
as evoluções do teu confronto
à minha sombra
desde a escolha
debruçada no menu;
um peixe grelhado
um namorado
uma água
sem gás
de decolagem:
leitor ensurdecido
talvez embevecido
"ao sucesso"
diria meu censor
"à escuta"
diria meu amor
sempre em blue
mas era um blue
feliz
indagando só
"what's new"
uma questão
matriz
desenhada a giz
entre um beijo
e a renúncia intuída
de outro beijo.

*

Minha boca também
está seca
deste ar seco do planalto
bebemos litros d'água
Brasília está tombada
iluminada
como o mundo real
pouso a mão no teu peito
mapa de navegação
desta varanda
hoje sou eu que
estou te livrando
da verdade

te livrando

castillo de alusiones
forest of mirrors

anjo
que extermina
a dor

Ana Cristina Cesar


Bela como poucas, Ana Cristina foi a musa absoluta da poesia marginal. Nascida na Rio de Janeiro, em 1952, formou-se em letras e fez curso de tradução literária na Inglaterra. Influiu ativamente na vida cultural carioca dos anos 70, escrevendo artigos em jornais e participando de debates. Em 1982, ela reuniu seus livros publicados de forma independente no volume A teus pés. Em 1983, durante uma crise emocional , Ana C., como assinava, se matou, saltando pela janela, aos 31 anos. em 1985, o poeta Armando Freitas Filho reuniu seus inéditos no livro Inéditos e dispersos.